REFLEXÕES E EXORTAÇÕES DE JOÃO PAULO II
O dever fundamental do poder é a solicitude pelo bem comum da sociedade: daqui derivam os seus direitos fundamentais. É justamente por causa destas premissas relativas à ordem ética objectiva, que os direitos do poder não podem ser entendidos noutra base que não seja a do respeito pelos direitos objectivos e invioláveis do homem. Aquele bem comum que a autoridade serve no Estado, só se realiza plenamente quando todos os cidadãos estão seguros dos seus direitos. Sem isso, o que acontece é o desmoronar da sociedade, a oposição dos cidadãos à autoridade, ou então uma situação de opressão, de intimidação, de violência, de terrorismo, de que os totalitarismos do nosso século nos deram bastos exemplos. É assim que o princípio dos direitos do homem toca profundamente o sector da justiça social e se toma a medida para aferir da vida dos Organismos públicos.
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